MPVN – MOVIMENTO PELO VOTO NULO
José Pardinho Souza
As eleições estão chegando e, com elas, a oportunidade de jovens brasileiros(as) interferirem nos rumos políticos do país. Neste artigo apresentaremos resultados do debate sobre eleições entre estudantes do Curso de História da UNIMEO/CETSOP de Assis Chateaubriand- Paraná, promovido no espaço das disciplinas de História Econômica, história da filosofia e Antropologia Cultural.
Segundo Alex Sandro Regmunt do curso história “Entramos em ano eleitoral e, mais do que nunca, a crise política nos leva a rever nosso papel como cidadãos(ãs). A situação é difícil diante de representantes que se sentem donos(as) dos mandatos que lhes atribuímos,barganham votos, trocam de partidos aleatoriamente, menosprezando o sentido da democracia. Mesmo os partidos não expressam e não maximalizam as diferentes identidades e os diferentes interesses políticos por trás do comum estatuto de cidadania. Votamos por mudanças no governo e, passados três anos e quatro meses, vemos o aperfeiçoamento e a exacerbação das mesmas políticas dos coronéis: nepotismo, cooptação de vereadores ,fragilidade do legislativo local, excessivos gastos de propagandas de pseudas realizações e ausência de mega projetos levariam o Município ao pleno desenvolvimento com geração de empregos e justa distribuição de renda. Estamos estarrecidos com os nossos representantes que desenvolvem a política de curar Câncer com Band - aind na distribuição de migalhas em forma de favores”. E o argumento é reforçado pelo acadêmico de história Amauri Cezar Mestriner::Luiz Gonzaga diz, numa de suas músicas, que “dar esmola a um homem são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão!” A esmola governamental (“bolsa-isso”, “bolsa-aquilo”, “vale-isso”, “vale-aquilo...”) não é apenas inadequada, insuficiente e mal gerida, é um erro conceitual
Conectando a exposição anterior o Padre José Maria Mendonça que nesse quadro, não surpreende que surja o protesto do voto nulo ou mesmo do não votar. Refutando a constatação do Padre e acadêmico de história a estudante Laurinda Barbosa acredita, porém, esse “Movimento pelo Voto Nulo” é mais grave do que a crise política em si. Não votar ou anular o voto poderá ser um render-se diante de dificuldades da democracia, uma espécie de aceitação implícita dos princípios deste capitalismo selvagem e excludente, em sua versão neoliberal, no qual o que importa é cada um(a) por si, deslegitimando a política e sua capacidade de nos transformar em sujeitos detentores de direitos comuns de cidadania. Em última análise, com o espraiamento da opção pelo voto nulo, colocamos em risco a democracia como projeto e estratégia Conclui Cleberson Garcia Leite. Concordando com o colega Dayane Lima de Souza acredita que o desinteresse pela política – que começa a crescer perigosamente entre nós – é o caminho mais curto para manter tudo como está. Mesmo reconhecendo que as eleições não são a panacéia geral, votar é preciso. Mas cada vez fica mais claro que a questão de fundo é a participação cidadã, em todos os espaços, de todas as formas. Professor Pardinho subscrevendo as afirmações dos acadêmicos: “Esta é a verdadeira questão. Para que direitos, no lugar de privilégios, sejam referência da vida em coletividade, para que a busca de eqüidade e justiça social sejam possíveis, para que o bem público se sobreponha ao interesse privado é fundamental a participação cidadã. No fundo, ação da cidadania, participação política e luta por direitos forjam os espaços públicos e a própria democracia. Mais do que uma questão de Estado, a democracia é um processo que tem na participação cidadã a sua força vital. Por isso, todas as formas de participação são indispensáveis. O voto foi uma conquista fundamental ”.
Tânia Raizer retoma a história e diz: “Nem precisamos ir muito longe para nos certificar a respeito. Nós mesmos lutamos por Diretas Já como símbolo da redemocratização na década de 1980. E a luta pelo direito de votar veio no bojo de enormes embates que gestaram uma vibrante sociedade civil, com muitos movimentos, organizações e sujeitos coletivos “ Para Patrick Wilian é a privatização da política e da coisa pública que engendram crises como as que estamos vivendo e discutindo.Encerrando o debate Veranice Spier afirma que o remédio está ao alcance de nossas mãos. Não virá da política instituída nos legislativos e nos governos. Virá de nosso esforço de transformar em questões públicas o que teima em se manter privado, de afirmar direitos contra privilégios, de produzir mais espaço público e democracia para as fragilidades da própria democracia. Enfim, para um Brasil justo, democrático, solidário e sustentável, o jeito é participar ainda mais.
Professor de Filosofia, histórica econômica e Antropologia
José Pardinho Souza
As eleições estão chegando e, com elas, a oportunidade de jovens brasileiros(as) interferirem nos rumos políticos do país. Neste artigo apresentaremos resultados do debate sobre eleições entre estudantes do Curso de História da UNIMEO/CETSOP de Assis Chateaubriand- Paraná, promovido no espaço das disciplinas de História Econômica, história da filosofia e Antropologia Cultural.
Segundo Alex Sandro Regmunt do curso história “Entramos em ano eleitoral e, mais do que nunca, a crise política nos leva a rever nosso papel como cidadãos(ãs). A situação é difícil diante de representantes que se sentem donos(as) dos mandatos que lhes atribuímos,barganham votos, trocam de partidos aleatoriamente, menosprezando o sentido da democracia. Mesmo os partidos não expressam e não maximalizam as diferentes identidades e os diferentes interesses políticos por trás do comum estatuto de cidadania. Votamos por mudanças no governo e, passados três anos e quatro meses, vemos o aperfeiçoamento e a exacerbação das mesmas políticas dos coronéis: nepotismo, cooptação de vereadores ,fragilidade do legislativo local, excessivos gastos de propagandas de pseudas realizações e ausência de mega projetos levariam o Município ao pleno desenvolvimento com geração de empregos e justa distribuição de renda. Estamos estarrecidos com os nossos representantes que desenvolvem a política de curar Câncer com Band - aind na distribuição de migalhas em forma de favores”. E o argumento é reforçado pelo acadêmico de história Amauri Cezar Mestriner::Luiz Gonzaga diz, numa de suas músicas, que “dar esmola a um homem são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão!” A esmola governamental (“bolsa-isso”, “bolsa-aquilo”, “vale-isso”, “vale-aquilo...”) não é apenas inadequada, insuficiente e mal gerida, é um erro conceitual
Conectando a exposição anterior o Padre José Maria Mendonça que nesse quadro, não surpreende que surja o protesto do voto nulo ou mesmo do não votar. Refutando a constatação do Padre e acadêmico de história a estudante Laurinda Barbosa acredita, porém, esse “Movimento pelo Voto Nulo” é mais grave do que a crise política em si. Não votar ou anular o voto poderá ser um render-se diante de dificuldades da democracia, uma espécie de aceitação implícita dos princípios deste capitalismo selvagem e excludente, em sua versão neoliberal, no qual o que importa é cada um(a) por si, deslegitimando a política e sua capacidade de nos transformar em sujeitos detentores de direitos comuns de cidadania. Em última análise, com o espraiamento da opção pelo voto nulo, colocamos em risco a democracia como projeto e estratégia Conclui Cleberson Garcia Leite. Concordando com o colega Dayane Lima de Souza acredita que o desinteresse pela política – que começa a crescer perigosamente entre nós – é o caminho mais curto para manter tudo como está. Mesmo reconhecendo que as eleições não são a panacéia geral, votar é preciso. Mas cada vez fica mais claro que a questão de fundo é a participação cidadã, em todos os espaços, de todas as formas. Professor Pardinho subscrevendo as afirmações dos acadêmicos: “Esta é a verdadeira questão. Para que direitos, no lugar de privilégios, sejam referência da vida em coletividade, para que a busca de eqüidade e justiça social sejam possíveis, para que o bem público se sobreponha ao interesse privado é fundamental a participação cidadã. No fundo, ação da cidadania, participação política e luta por direitos forjam os espaços públicos e a própria democracia. Mais do que uma questão de Estado, a democracia é um processo que tem na participação cidadã a sua força vital. Por isso, todas as formas de participação são indispensáveis. O voto foi uma conquista fundamental ”.
Tânia Raizer retoma a história e diz: “Nem precisamos ir muito longe para nos certificar a respeito. Nós mesmos lutamos por Diretas Já como símbolo da redemocratização na década de 1980. E a luta pelo direito de votar veio no bojo de enormes embates que gestaram uma vibrante sociedade civil, com muitos movimentos, organizações e sujeitos coletivos “ Para Patrick Wilian é a privatização da política e da coisa pública que engendram crises como as que estamos vivendo e discutindo.Encerrando o debate Veranice Spier afirma que o remédio está ao alcance de nossas mãos. Não virá da política instituída nos legislativos e nos governos. Virá de nosso esforço de transformar em questões públicas o que teima em se manter privado, de afirmar direitos contra privilégios, de produzir mais espaço público e democracia para as fragilidades da própria democracia. Enfim, para um Brasil justo, democrático, solidário e sustentável, o jeito é participar ainda mais.
Professor de Filosofia, histórica econômica e Antropologia
Boooooooooa Mestre Pardinho!
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