DROGAS OU VIDA: COMO FAZER OPÇÃO?
POPEYE-OLÍVIA-BRUTUS E A SUPERAÇÃO DA REALIDADE
A questão das drogas.
Qual questão? A estória do
marinheiro Popeye pode nos ajudar nesta reflexão. Vamos imaginar que Popeye
representa cada ser humano, com suas fragilidades, angústias e sonhos. Olívia
pode representar os sonhos de cada um. Aquilo que gostaríamos de ser, fazer e
ter. E o Brutus aquilo que impede que realizemos nossos sonhos.
O marinheiro Popeye,
para atingir seus objetivos, usa de um artifício para conquistar aquilo que deseja:
come espinafre. Esta substância lhe dá forças para enfrentar as dificuldades
que estão lhe impedindo de realizar seus
sonhos. Elimina-as (Brutus) e fica com Olívia (sonhos).
Este processo narrado
rapidamente ajuda a entendermos o que é droga. Droga é tudo aquilo que se usa
"de fora" para alterar a percepção da realidade a fim de que se tenham
condições de enfrentar a vida. Cessa a capacidade pessoal ou coletiva de luta e
coloca-se num objeto o poder mágico de resolução de conflitos. É a assim chamada
busca onipotente de solução de problemas. O drogado procura na droga a
liberdade e a autoestima por uma suspensão das áreas conflitos.
Se formos analisar
bem a fundo esta conduta, quantas vezes nós mesmos temos atitudes idênticas,
mas com as assim chamadas drogas lícitas ou com coisas que normalmente não
chamamos de droga. A automedicação ensina a nossos filhos que existe uma
caixinha com pílulas que eliminam nossas dores. O Vitasay substitui a boa
alimentação. "Não consegue dormir? Toma um calmante". É simples.
Vivemos num mundo que diz que tudo é simples e que para tudo tem remédio.
COMO CAMINHA UMA CRIANÇA PARA AS DROGAS
Quer-se que nossos
jovens não usem drogas, é necessário que os adultos os ajudem a perceber que a
vida é uma construção e uma conquista diária. Por isto, a questão das drogas
não é a droga em si, mas uma postura diante da vida. Um jeito de viver onde se
privilegia mais o que está fora e se menospreza a si mesmo.
Prevenção ao uso
indevido de drogas passa pela reavaliação da conduta, onde se passe a
privilegiar mais os aspectos sadios e claros das relações humanas e sociais.
Descobrir a vida como luta pela vida é também tarefa educativa. Pais que não
possuem projetos existenciais não ajudam a seus filhos a terem.
Ninguém pode negar
que um dos grandes problemas do Século 20 r e agora 21, é o trafico e consumo
de drogas, porque a mesma afeta a paz mundial, atenta contra a segurança das
nações e do nosso país, prejudica a sociedade, as nossas comunidades, a
família, o indivíduo, enfim, é uma ameaça a humanidade.
O propósito deste
artigo é oferecer-lhe uma perspectiva global do problema, destacar a sua
complexidade, motivar à reflexão e à ação, especialmente naquelas áreas que
competem à comunidade, aos centros escolares, à família e ao indivíduo, para
que todos saibam como enfrentar este problema com uma atitude preventiva.
É muito difícil apresentar
aqui todas as respostas para as situações criadas pelo problema das drogas,
mas, mediante o dialogo com outras pessoas no seio de nossa comunidade poderemos
unir esforços visando à prevenção contra ele. O problema das drogas não é exclusivamente
da família, dos filhos, da juventude ou dos estudantes, mas é um problema de
toda a sociedade. A nossa
responsabilidade diante dos acontecimentos nos obriga a refletir, a estabelecer
metas concretas e assumir o nosso compromisso na prevenção do problema. Não podemos assumir a atitude do avestruz
escondendo a cabeça na areia, ou seja, negando encarar o problema.
E necessário
esclarecer que, ao lado das drogas ilegais como a maconha, a cocaína e outros
derivados dos mesmas existe também o abuso de medicamentos legais, quais sejam
os estimulantes, os calmantes os sedativos. Etc. Ademais, o álcool e o fumo
também são considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como
"drogas" que, embora sejam socialmente aceitas, não deixam de ter
efeitos muito prejudiciais. Portanto, é fácil concluir que o problema está
muito mais arraigado na vida do ser humano do que talvez estejamos dispostos a
admitir.
PREVENÇÃO E COMBATE ÀS DROGAS É TAREFA DE TODOS
É muito cômodo pensar
que a culpa do problema do tráfico e consumo de drogas, e a tarefa de prevenção
integral seja responsabilidade de outras pessoas. Eis porque todo deveu
aprender a colaborar na prevenção, tanto os indivíduos, quanto as comunidades,
os empresários, o governo e as organizações internacionais. Devemos colaborar
com a nossa comunidade, incluindo o lugar onde estudam os nossos filhos, para conhecer
a realidade que nos cerca e poder trabalhar, assim, para o bem comum de toda a
coletividade. Por outro lado, devemos brindar os nossos amigos com o estímulo, e
apreço e carinho que toda a pessoa deseja. Assim mesmo, cada membro da família
tem uma grande responsabilidade dentro de seu próprio lar, fomentando a
comunicação e a confiança para criar entendimento e apoio mútuo.
Pode acontecer que,
por desgraça, existam problemas de consumo de drogas, talvez entre seus amigos,
familiares, ou até você mesmo sofra deste problema. Nossa intenção é oferecemos
idéias concretas para que você possa atuar com confiança e firmeza a fim de
encontrar soluções eficientes para o problema.
Lutar unidos na
prevenção do tráfico e consumo de drogas, é lutar pela vida e pelo bem-estar de
todos.
Não há apenas uma
razão única, nem tampouco se pode responder essa pergunta superficialmente. O problema
do tráfico e consumo de drogas é o resultado de um complexo fenômeno de fatores
sociais, econômicos, políticos, psicológicos e existenciais. Os diferentes elementos que intervêm neste fenômeno
são: as pessoas e indústrias ilícitas multinacionais, envolvidas com o cultivo,
processamento e organização do tráfico, distribuição e venda das drogas; alguns
poderes econômicos multinacionais que manejam enormes recursos; a corrupção em
todos os níveis da sociedade; e, finalmente, os consumidores. É um nó de fatores
entrelaçados, que requer uma persistente e decidida luta multidisciplinar dedicada
a buscar soluções concretas e efetivas. Esta complicada trama nos tem demonstrado
que:
Trata-se de um problema
mundial, motivo de grande preocupação nos altos níveis
governamentais, assim como na Organização das Nações Unidas (ONU)
e em muitos outros organismos internacionais.
É um problema nacional,
que atenta contra a segurança e a estabilidade econômica e social
do país.
É um problema político,
porque a falta de reformas sociais, o não cumprimento
das leis, ou a corrupção administrativa, facilitam as redes
ilícitas do tráfico, da distribuição e da venda de drogas.
É um problema social,
porque existem condições sócias econômicas e culturais na sociedade que
ajudam a criar um ambiente fértil para o tráfico e o consumo. Os consumidores,
mesmo que não sejam os culpados dos problemas sociais, ajudam a agravar ainda
mais os problemas já existentes.
É um problema comunitário,
porque as vidas dos membros de uma comunidade, as suas lutas e os seus
dissabores passam a ter validade coletiva. Já não é somente o indivíduo que
sofre, mas todos sofrem com ele. Assim mesmo, a comunidade também sofre quando existe
um individualismo egoísta.
É um problema humano,
porque o tráfico e consumo de drogas é uma atividade ilícita que se tem infiltrado
em todos os níveis da sociedade, desencadeando uma corrupção silenciosa. Isto
traz como consequência um número alarmante de problemas, como a insegurança
pessoal devido à falta de confiança nas instituições judiciais e policiais,
entre outros.
É um problema moral,
porque quem faz o tráfico, e quem distribui e vende drogas, viola os direitos
dos demais. E quem as consome pouco a pouco se vê preso numa armadilha que o impede
de viver em harmonia com os seus semelhantes.
Dissemos que o
problema das drogas é "um problema de todos". Na realidade não é tão
simples: Sim, "é de
todos", porque nos afeta a todos, e é motivo de angústia e temor. E, porque
todos somos membros de uma comunidade, devemos colaborar no que podemos e no que
nos compete, para prevenir o consumo e o tráfico de drogas. Mas, não "é
um problema de todos", porque há os que, movidos pela cobiça, pela corrupção,
pelo poder e pela maldade, promovem o tráfico de drogas e se beneficiam com ele.
Neste sentido não somos culpáveis, assim como não é nossa culpa que haja uma
crise econômica, ou que nós, como indivíduos, tenham que resolvê-los.
O importante na
discussão do problema é assinalar as responsabilidades de prevenção e quem as
deve assumir. Se, como indivíduos ou famílias, podemos contribuir na luta
contra as drogas, então devemos fazer o que estiver ao nosso alcance, para que
possamos seguir vivendo em comunidade e alcançar as nossas metas. Mas existem
problemas nesta vida que não podemos mudar nem como indivíduos e nem como
famílias, mesmo que fizéssemos tudo para conseguir superá-lo. Algumas pessoas
ameaçam o futuro de nossos filhos e das gerações vindouras, perguntando: Poderá,
por acaso, o feito de fazer desaparecer os traficantes garantir que desapareçam
também os consumidores?
Não há dúvida que a
análise deste problema nos conduz a desejar que os nossos governantes assumam
com justiça e retidão a importante tarefa de defender-nos contra o tráfico de
drogas.
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