sábado, 12 de outubro de 2013


DROGAS OU VIDA: COMO FAZER OPÇÃO?

Antes e depois da droga - fonte revista veja

POPEYE-OLÍVIA-BRUTUS E A SUPERAÇÃO DA REALIDADE

A questão das drogas. Qual questão? A estória do marinheiro Popeye pode nos ajudar nesta reflexão. Vamos imaginar que Popeye representa cada ser humano, com suas fragilidades, angústias e sonhos. Olívia pode representar os sonhos de cada um. Aquilo que gostaríamos de ser, fazer e ter. E o Brutus aquilo que impede que realizemos nossos sonhos.

O marinheiro Popeye, para atingir seus objetivos, usa de um artifício para conquistar aquilo que deseja: come espinafre. Esta substância lhe dá forças para enfrentar as dificuldades

que estão lhe impedindo de realizar seus sonhos. Elimina-as (Brutus) e fica com Olívia (sonhos).

Este processo narrado rapidamente ajuda a entendermos o que é droga. Droga é tudo aquilo que se usa "de fora" para alterar a percepção da realidade a fim de que se tenham condições de enfrentar a vida. Cessa a capacidade pessoal ou coletiva de luta e coloca-se num objeto o poder mágico de resolução de conflitos. É a assim chamada busca onipotente de solução de problemas. O drogado procura na droga a liberdade e a autoestima por uma suspensão das áreas conflitos.

Se formos analisar bem a fundo esta conduta, quantas vezes nós mesmos temos atitudes idênticas, mas com as assim chamadas drogas lícitas ou com coisas que normalmente não chamamos de droga. A automedicação ensina a nossos filhos que existe uma caixinha com pílulas que eliminam nossas dores. O Vitasay substitui a boa alimentação. "Não consegue dormir? Toma um calmante". É simples. Vivemos num mundo que diz que tudo é simples e que para tudo tem remédio.

 

COMO CAMINHA UMA CRIANÇA PARA AS DROGAS

Quer-se que nossos jovens não usem drogas, é necessário que os adultos os ajudem a perceber que a vida é uma construção e uma conquista diária. Por isto, a questão das drogas não é a droga em si, mas uma postura diante da vida. Um jeito de viver onde se privilegia mais o que está fora e se menospreza a si mesmo.

Prevenção ao uso indevido de drogas passa pela reavaliação da conduta, onde se passe a privilegiar mais os aspectos sadios e claros das relações humanas e sociais. Descobrir a vida como luta pela vida é também tarefa educativa. Pais que não possuem projetos existenciais não ajudam a seus filhos a terem.

Ninguém pode negar que um dos grandes problemas do Século 20 r e agora 21, é o trafico e consumo de drogas, porque a mesma afeta a paz mundial, atenta contra a segurança das nações e do nosso país, prejudica a sociedade, as nossas comunidades, a família, o indivíduo, enfim, é uma ameaça a humanidade.

O propósito deste artigo é oferecer-lhe uma perspectiva global do problema, destacar a sua complexidade, motivar à reflexão e à ação, especialmente naquelas áreas que competem à comunidade, aos centros escolares, à família e ao indivíduo, para que todos saibam como enfrentar este problema com uma atitude preventiva.

É muito difícil apresentar aqui todas as respostas para as situações criadas pelo problema das drogas, mas, mediante o dialogo com outras pessoas no seio de nossa comunidade poderemos unir esforços visando à prevenção contra ele. O problema das drogas não é exclusivamente da família, dos filhos, da juventude ou dos estudantes, mas é um problema de toda a sociedade.  A nossa responsabilidade diante dos acontecimentos nos obriga a refletir, a estabelecer metas concretas e assumir o nosso compromisso na prevenção do problema.  Não podemos assumir a atitude do avestruz escondendo a cabeça na areia, ou seja, negando encarar o problema.

E necessário esclarecer que, ao lado das drogas ilegais como a maconha, a cocaína e outros derivados dos mesmas existe também o abuso de medicamentos legais, quais sejam os estimulantes, os calmantes os sedativos. Etc. Ademais, o álcool e o fumo também são considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "drogas" que, embora sejam socialmente aceitas, não deixam de ter efeitos muito prejudiciais. Portanto, é fácil concluir que o problema está muito mais arraigado na vida do ser humano do que talvez estejamos dispostos a admitir.

 

PREVENÇÃO E COMBATE ÀS DROGAS É TAREFA DE TODOS

É muito cômodo pensar que a culpa do problema do tráfico e consumo de drogas, e a tarefa de prevenção integral seja responsabilidade de outras pessoas. Eis porque todo deveu aprender a colaborar na prevenção, tanto os indivíduos, quanto as comunidades, os empresários, o governo e as organizações internacionais. Devemos colaborar com a nossa comunidade, incluindo o lugar onde estudam os nossos filhos, para conhecer a realidade que nos cerca e poder trabalhar, assim, para o bem comum de toda a coletividade. Por outro lado, devemos brindar os nossos amigos com o estímulo, e apreço e carinho que toda a pessoa deseja. Assim mesmo, cada membro da família tem uma grande responsabilidade dentro de seu próprio lar, fomentando a comunicação e a confiança para criar entendimento e apoio mútuo.

Pode acontecer que, por desgraça, existam problemas de consumo de drogas, talvez entre seus amigos, familiares, ou até você mesmo sofra deste problema. Nossa intenção é oferecemos idéias concretas para que você possa atuar com confiança e firmeza a fim de encontrar soluções eficientes para o problema.

Lutar unidos na prevenção do tráfico e consumo de drogas, é lutar pela vida e pelo bem-estar de todos.

 
            A GUERRA MATA MUITOS AS DROGAS MATAM MAIS

Não há apenas uma razão única, nem tampouco se pode responder essa pergunta superficialmente. O problema do tráfico e consumo de drogas é o resultado de um complexo fenômeno de fatores sociais, econômicos, políticos, psicológicos e existenciais.  Os diferentes elementos que intervêm neste fenômeno são: as pessoas e indústrias ilícitas multinacionais, envolvidas com o cultivo, processamento e organização do tráfico, distribuição e venda das drogas; alguns poderes econômicos multinacionais que manejam enormes recursos; a corrupção em todos os níveis da sociedade; e, finalmente, os consumidores. É um nó de fatores entrelaçados, que requer uma persistente e decidida luta multidisciplinar dedicada a buscar soluções concretas e efetivas. Esta complicada trama nos tem demonstrado que:

Trata-se de um problema mundial, motivo de grande preocupação nos altos níveis governamentais, assim como na Organização das Nações Unidas (ONU) e em muitos outros organismos internacionais.

É um problema nacional, que atenta contra a segurança e a estabilidade econômica e social do país.

É um problema político, porque a falta de reformas sociais, o não cumprimento das leis, ou a corrupção administrativa, facilitam as redes ilícitas do tráfico, da distribuição e da venda de drogas.

É um problema social, porque existem condições sócias econômicas e culturais na sociedade que ajudam a criar um ambiente fértil para o tráfico e o consumo. Os consumidores, mesmo que não sejam os culpados dos problemas sociais, ajudam a agravar ainda mais os problemas já existentes.

É um problema comunitário, porque as vidas dos membros de uma comunidade, as suas lutas e os seus dissabores passam a ter validade coletiva. Já não é somente o indivíduo que sofre, mas todos sofrem com ele. Assim mesmo, a comunidade também sofre quando existe um individualismo egoísta.

É um problema humano, porque o tráfico e consumo de drogas é uma atividade ilícita que se tem infiltrado em todos os níveis da sociedade, desencadeando uma corrupção silenciosa. Isto traz como consequência um número alarmante de problemas, como a insegurança pessoal devido à falta de confiança nas instituições judiciais e policiais, entre outros.

É um problema moral, porque quem faz o tráfico, e quem distribui e vende drogas, viola os direitos dos demais. E quem as consome pouco a pouco se vê preso numa armadilha que o impede de viver em harmonia com os seus semelhantes.

Dissemos que o problema das drogas é "um problema de todos". Na realidade não é tão simples: Sim, "é de todos", porque nos afeta a todos, e é motivo de angústia e temor. E, porque todos somos membros de uma comunidade, devemos colaborar no que podemos e no que nos compete, para prevenir o consumo e o tráfico de drogas. Mas, não "é um problema de todos", porque há os que, movidos pela cobiça, pela corrupção, pelo poder e pela maldade, promovem o tráfico de drogas e se beneficiam com ele. Neste sentido não somos culpáveis, assim como não é nossa culpa que haja uma crise econômica, ou que nós, como indivíduos, tenham que resolvê-los.

O importante na discussão do problema é assinalar as responsabilidades de prevenção e quem as deve assumir. Se, como indivíduos ou famílias, podemos contribuir na luta contra as drogas, então devemos fazer o que estiver ao nosso alcance, para que possamos seguir vivendo em comunidade e alcançar as nossas metas. Mas existem problemas nesta vida que não podemos mudar nem como indivíduos e nem como famílias, mesmo que fizéssemos tudo para conseguir superá-lo. Algumas pessoas ameaçam o futuro de nossos filhos e das gerações vindouras, perguntando: Poderá, por acaso, o feito de fazer desaparecer os traficantes garantir que desapareçam também os consumidores?

Não há dúvida que a análise deste problema nos conduz a desejar que os nossos governantes assumam com justiça e retidão a importante tarefa de defender-nos contra o tráfico de drogas.

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