quinta-feira, 10 de outubro de 2013


"VOU  BUSCAR  QUEM  EU  AMO"

 

 

É de manhã...

Vou de carona neste amor, pois

Quero chegar ao Sol, Sol do meu Céu Azul.

Sol que brilha no Rio Grande do Sul,

No meu coração.

Vou para lá, onde o sal tem mais sabor

E o amor é mais doce que

O mel que se destila dos favos

Não sei o nome de quem buscarei!

Quem sabe ela de mim se esqueceu.

Mas, preso a este amor, sigo livre com o vento.

 

Estou indo, neste sonho alado, para o Sul,

Sul do meu sentimento.

Lá, onde o Cruzeiro tem apenas uma estrela,

Brilhante qual sol de verão!

Eu me oriento por ela e

Desorientado sigo para o Sul.

Buscarei minha Gaúcha,

Seu calor e seus beijos ardentes.

Antes, porém, quero passar no Hawaí,

Em Bagdá... Num jardim  onde a rosa não murcha,

Jardim de Alá, e a esperança é azul

Com os olhos de quem amo.

Vou passear pelas ruas de Istambul,

Mas, em tantas voltas

Antes do pôr do Sol, chegarei lá.

Lá no Rio Grande do Sul,

Onde o Sol de Galileu continua sendo

O centro do Sistema Solar, e ela,

Eternamente, o centro do meu viver

E o ápice do amor.

 

 

 

 

"GRAMÁTICA  DO  AMOR"

 

 

 

Uma vírgula nesta paixão.

Pequena pausa para o beijo

De sabor eterno.

 

Exclama o coração que se explode no peito

Nisto minh' alma pergunta por você e

Nega-me se tento fugir de mim para fingir

     Uma saudade.

Contudo, estava na hora de colocar ponto final

  Nesta dor;

    Deixar entre aspas "palavras de amor".

      Quero fechar nossas vidas com parênteses

        E colocar um famoso et cétera

          No te amo, te amo, te amo, etc..!

Mas, entre tantas coisas,

 

Não nos esquecemos de que somos

 Concordância nominal, verbal, espiritual e informal.

     Conjugação célebre, sem pretérito imperfeito

       Mas apenas pretérito perfeito e mais-que-perfeito.

Somos, neste amor, um presente festivo e um futuro

Mais que desejável;

  Um texto sem erros...

Somos gramática elaborada por Deus;

  Dicionário que ensina o idioma perdido

    E o prazer de amar e viver.

Somos, a sós, encontros consonantais e vocais;

  Sílabas que não se separam

    Na tônica do amor.

Enfim, somos reticências em tudo que

  Se pode dizer de uma vida a dois...

 

 

 

"LOURA  &  MORENO"

 

 

Cai pela manhã o orvalho;

  Molha seus cabelos d'ouro.

   Perdem-se em suas lágrimas

    Gotas de sereno e

      Seu corpo alvo

        Em meu corpo moreno.

 

Eles se misturam, eles se perturbam

  No calor, no amor;

   No sonho, na alegria

    Em frente ao epelho;

     Num sorriso, numa dor.

 

Sua volta iminente

 Fez-me menino,

Faz-me carente.

 

Canto nossa canção,

 Hino de amor,

  Colo de emoção!

 

Você vai entrando.

  Meu mundo parece pequeno.

   Seus olhos azuis reluzem em meu rosto;

    Sua pele tão clara se perde

     No Suor, no calor

      do meu corpo moreno.

 

 

 

 

 

 

 

 

"TÃO POBRES E TÃO RICOS"

      (Rica miséria)

 

 

Meninos pobres, poetas ricos

Nesta casa tão "humilde".

Eperaças, lágrimas, tudo é amor!

Fluem palavras, emoções.

Riquezas não há,

Senão nos corações.

 

            Vidas embaladas pelo amanhã, sonhos.

            Rostos tristes por causa do ontem, fome.

            Sentimos os segredos do amor mais quente,

            Recebendo amigos, gente como a gente!

 

                 Ainda crescemos, é nossa aspiração.

                 Temos esperanças de um céu com coros angelicais,

                 Que nos terá por simpatia.

                  Por mais cem ou, simplesmente,

                  Mais um dia.

 

                        Esta casa tranparente!

                        Pelas festas vemos o mundo:

                        São damas e cavalheiros passantes.

                        Os brilhos de nossos olhos, pelas gretas,

                        Vão se transformando em diamantes

                        Ou em lágrimas secretas.

 

                                   Meninos pobres!

                                   Tentamos fazer com alegria

                                   De nossa triste pobreza

                                   A mais rica poesia.

 

 

 

                                                           

 

"POR TI"

 

 

Na rua, na onda,

   Que ronda a lua.

Criança, menina -

Vestida ou nua.

 

            Frondosa fronteira

            Que limita os sonhos...

            A alma flutua;

            O sangue circula

            Na contínua idéia

            Que ronda meu espaço,

            Se estás na minha

            Eu estando na tua.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"MENINA"

 

            No fio da saudade

               Gero uma paixão.

É o sabor de menina,

            Volta que germina a dor;

 

Presença que anima

O amor que alucina.

    Ela me ilumina,

 

   Faz-me nascer.

Eu concebo uma ilusão -

  Ela é real, é ficção!

 

Morro em mim e renaço

  No sentimento maior,

 Para que ela se imagine:

            Mil imagens;

           Mil passagens

           Sem barragens.

   A verdade me intima -

É absoluta e relativa?

            É um jogo,

  Mas o amor predomina.

 

                        Menina!

                             Mina de prazer;

                             Rima ao dizer:

"Num momentro apareceu,

Ao olhar me envolveu".

 

Eu me perdi na razão

            que me incrimina,

 

Frente à boca que fascina.

            É sabor de menina,

       Uma mudança de clima.

 

Mas o mundo se inclina

     Para esta obra-prima.

            É amor, perigo

              paixão divina...

                Dor, castigo,

                         solidão

                         e ruína...

                        Menina

 a quem me destina

Eternamente o amor!

 

 

 

 

 

"SEMPRE SEU"

 

             Efeito do defeito

            Que trago num peito,

             Alegre, sem jeito!

                     Foi um feito

                          desfeito

                       Desrespeito

             a um coração

            Que ama mais que

                        o próprio amor,

                      Sem preconceitos.

                        Tudo perfeito.

                          Azul celeste...

            É o infinito por leito

Para amar eternamente!

                        Fui eleito

                   para você,

                      Sem pleito

               a me eleger.

            Sou seu por direito,

        Ama-me enquanto aceito

          Este caminho estreito

               que mesmo sem

                        rumo certo,

            Leva-me ao amor.    

 

 

 

 

 "FRENTE A FRENTE"

 

     No clarão dos seus olhos

            Há dominante paixão.

   Moradia em sonhos eternos,

                   Diamante e ficção.

 

          Sua voz,  minha canção.

          A  distância,  saudades.

     Pingos não, tempestades!

 

           Seus cabelos correm,

            Cachoeiras límpidas,

                    águas revoltas.

               Que amores jorrem.

                       Vindas e idas

                   Ou idas e voltas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LEMBRANÇAS DE UM PASSADO BEM PRESENTE

 

 

            Sentir-te-ei dentro de mim

               Para, na sede, ter a fonte,

                   Fonte que sacia a sede,

                    Fonte  dos  teus olhos.

 

            Encontrar-te-ei na saudade,

                          Inverno na solidão,

                        Solidão do silêncio...

Em ti exaltarei todas as mulheres.

                                 Eu as verei

               através da tua formosura.

       Serás minha devolução diária,

                          Minha face oculta...

   

              Serás um astro desenhado

        no Contorno do meu coração;

                         A auréola do amor

                              que me faz sorrir

                 Com  um mundo melhor,

 

                        Que,  sem ti,  não há,

                                           nem vem!

                           Serás uma centelha

                          a incendiar meu ser,

                    Pois passaste e deixaste

               Lembranças de um passado

                                     bem presente.

 

 

 

 

 

 

 

 

OLHAR AZUL

 

 

                                      Sol da primavera,

                    Calor que sobe à terra.

                       Sol de um olhar azul,

                               Calor que penetra

                            minha intimidade.

 

                        É amor, perigo,

                           paixão divina...

                           Dor,  castigo,

                                      solidão

                                      e ruína...

                                        Menina

                      a quem me destina      

                  Eternamente o amor!

 

 

 

 

THE BEST

 

Ao longe, vem deus; tdo gabola. Sente-se o dono

Do mundo; o boyzinho que conquistou todas as

Meninas ingênuas e gasolinas da cidade.

 

Lá vem deus, com suas fantasias carnavalescas,

Com seus discursos machistas, tirados da manga.

Lá vem deus, pisando alto, com unhas encrevadas;

Com seu "raiban" espelhado - refletindo a imagem e

Dessemelhança.

 

Lá vem deus, om a barriga cheia de vento; com a

Cabeça cheia de estresses. Lá vem deus, inane,

Como os muitos filhos que ele criou do barro -

Pois não matéria mais rudimentar - e tornou

Maiores e menores abandonados.

 

Lá vem deus, ao lado de Hitler; exibindo sua

Farda verde-oliva, brincando com a suástica à

Direita, enquanto segura uma maquete da

"Challenger" com a esquerda.

 

Deus se aproxima, mudo de medo. Apenas seu

"Best Seller", o qual não escreveu, fala por ele.

Deus se aproxima. Pisa com seu coturno "44" o

Sangue de algumas crianças sacrificadas - à porta

Dos seus luxuosos templos.

 

Lá vem deus. Lá vem ele! tem encontro marcado no

Planalto Central. Vai discutir reeleição presidencial;

Alianças políticas; reformas tributárias; reformas

"Agrúras".

 

Lá vem deus. Se fingindo de colono; distribuindo

Mil e um autógrafos.. Ele pede esperanças e

Diz que tudo vai melhorar, um fia talvez, no

"Palácio" ( em que ninguém sabe o endereço) e que,

Ainda, segunda ele, nos pertence e, no qual, nos

Escravizará, eternamente. Amém.

 

Lá vem deus, com seus sofismas; com seus silogismos

Complexos. Deus está passando (atenção, homens,

Seeeeennntido!)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTADO ZUNIDO

 

O inseto voa sem rumo,

O rumo incerto voa para mim...

Eu, alado, vou aonde os pés não alcançam;

Chego impreterível ao seu coração cigano.

 

O sonho voa na ressonãncia do címbalo retinante;

 O canto se retrai, num dos quatro cantos do mundo.

O inseto voa; o pernilongo se desafina madrugada

Adentro.

 

Durmo para esta orquestra (des) sinfônica, barulhenta,

Que (des) anima minha noite e cobra meu sangue -

O seu cachê, para o seu pão de cada.

 

Minhas asas repousam à atmosfera tensa de nosso

Diário cômico. Eu sonho e vôo. O pernilongo

Voa e vem durante meu sonho por você.

 

 

IMAGO DEO

 

Esse Retrato desbotado;

Esta "cara" cheia de tristeza impune e

Explícita.

 

Espumas escorrendo à boca, madura

Ao beijo; e os desejos tropeçando

As próprias pernas.

 

Esta visita de fim de tarde,

Que vem como flor cabisbaixa;

Como saudade, que pegou carona na

 

Incerteza da brisa. Tudo aprecia a beleza

E a sublimidade da lágrima

Escravizada aos ohos, na razão de querer-te.

 

 

 

 

CORRENTEZAS

 

Correm em mim nascente

Córregos, rios, sangue e lágrimas...

Deságua no Amazonas e, do Amazonas,

Para o mar (morto).

 

Veio de sangue brotar do âmago

De tantos pontos ocultos.

Você, azul fugidio que olho

Da janela; nuvens que desenham castelos,

 

Casebres, animais domésticos, feras fadas...

Minha cidade, a capital de meus sonhos;

Você colore as flores; conduz a

 

Primavera em suas mãos; fotografa o

Descanso pálido luar.

Traduz detalhes tão íntimos que

Dissecam meus instintos cadavéricos e incorpóreos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PARALELAS

 

 

Estudos minunciosos revelam as

Sensíveis linhas. Linhas vulneráveis;

Entrecruzadas; justapostas, confusas.

Com a vida sem destino,

São intermináveis, dentro de seus

Próprios limites.

 

São linhas da terra, onde se

Lança a semente. São linhas

Engastadas em grandes e pontiagudos

 

Anzóis, que fisgam nossos sonhos.

Estradas indefiníveis, onde um humano

E solitário espectro afuarda sua

 

Humanação, como o Verbo, e depois,

Que sua costela descarnada lhe dê presente sua flor-amada.

 

Linhas curvas; leito de suores;

Rio cercado de montanhas

De grossos e avermelhados calos ...

 

LInhas de mãos que prendem

Num mapa rasurado e num mundo

Sem bússula e sem cruzeiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"A"  &  "M"

 

Respirar a dor sem descanso

Inesperados e sutis; às marcas

Das mãos. Medir suas plataformas;

 

Fazer mística com suas linhas

Que parecem letras. Respira-se a

Dor ao toque das mãos -

 

As messas que afagam!  - A delicadeza

De movimentos translativos, vai-se

Enumerando um talvez após o outro.

 

São sucessicvas as marcas;

"A" à esquerda; "M" à direita!

Quem ousa discutir que só faltam

 

Duas letras para ter o amor

Impresso nas próprias mãos?

 

 

 

TRAJES E NOITES

 

Trajada de noite,

Adornada em silêncio...

Passeias em meus caminhos,

Os quais não nos fazem retornar para casa.

 

Animas meus olhos brasas

Alivias as dores mais redundantes;

Brincas comigo, dizendo  palavras

Que não encontro facilmente.

 

 

 

Vens, és toda a noite,

A face que me engana,

As mãos que me moldam,

O barro que compõe minha carnal natureza.

 

Vens pisando as pedras que o

Tempo colocou pelo caminho.

Vens, negra travestida; cheia de amor,

Conquista, sabores e vida.

 

Vens trajada de noite!

 

 

 

 

ALVORADA

 

Quando amanhecer, quero estar

Desarrumado; quero estar a vontade...

Me recomponho dios sonhos desgastantes.

 

Quando amanhecer, quero visitar

Seu mundo crido de um orgasmo;

Quero colorir a flor que traz nos cabelos -

 

Por onde desliso em liberdade. Quando

Amanhecer, quero carregar suas dúvidas

Em minhas tralhas. quero gritar seu

 

Nome, descrito no livro de minha vida.

Quero revestir sua ilusão áurea de

Ternura. Se amanhecer antes do tempo,

 

Quero soprar seu rosto suado. Deslisar

Meus dedos em seus lábios úmidos e

Repousar minha cabeça por sobre seu ombro.

 

 

 

DORME NENÉM!

 

Dormem eternas as regências da natureza

Caminham em cinismos nossas esperanças túmidas...

Quem guardou a noite da gente?

 

Dormem os resquícios invioláveis de nossos

Sonhos sempre mal-dormidos e repetidos;

Você ontem, você hoje, você eternamente!

 

A noite dorme, sonha, e acorda assustada...

...Mais um dia se inicia e a vida continua!

Novas e multiformes pegadas estarão nas

 

Estradas, sem ruas e sem becos, do tempo.

Eu seguirei seus passos largos;

Eu entoarei uma canção de ninar você.

 

 

PING-PONG

 

Rasguei tua roupa;

(Depois que rasga o pano o remendo é pior)

 

Fechei tua boca

(Boca fechada não entra mosquito,

Nem alimento!).

 

Dei-te um conselho

(Se conselho fosse bom ninguém dava;

Vendia em três vezes sem juros).

 

Fiquei sem cachorro no mato.

(Quem não tem cão, caça com gato! -

Caça, caça, caça  e nunca apanha).

 

Perdi-me no mapa de sua silhueta.

(Quem tem boca e não tem dinheiro

Jamais vai a Roma).

 

A coisa tá feia; a coisa tá preta!

Quem parte leva "saudade" de alguém...

Que fica chorado na fila de um posto

De saúde.

 

Quem espera jamais alcança o que foi mais

Rápido e partiu primeiro.

 

Tempo é dinheiro...!

(Não perca tempo. Faça como os políticos,

Jamais perca tempo trabalhando o

Ano inteiro).

 

Quem desdenha quer comprar!

(Cuidado com o PROCON! - Cuidado com

a propaganda enganosa!).

 

Eu aprendi a fazer alguma coisa:

Pinto e bordo o ano todo!

 

Nem todos que correm cansam.

( O rio da minha cidade "tá" correndo

Faz uma "cara"!).

 

Nem todos que andam alcançam.

( Um andarilho me disse que veio do

Norte aqui andando e não alcançou a

Felicidade).

 

 

 

 

 

 

CONVITE

 

Vinde a mim todos os que estais

Cansados e sobrecarregados...

Mas, se morrer for descanso,

Prefiro viver cansado, diz o dito.

 

Convidaram-me a fazer parte

Da sociedade dos poetas mortos.

Eu?

Recusei, naturalmente!

 

 

 

VEREDICTO FINAL

 

A Estátua da Liberdade está

Firmemente presa no chão.

 

O Cristo Redentor está de braços

Abertos, pedindo socorro;

No Rio, no alto do morro.

 

 

 

EXPOSIÇÃO

 

Minha Praça Vermelha é, na verdade,

Pintada de cinza.

 

 

 

 

FUGA

O rio corre, não sei de quem,

Para o mar.

 

 


 

A fé removeu todas os montes

Da tábula-rasa e da

Chapada onde moro.

 

 

 

            QUANTAS VEZES?

 

Que maluquice! em que estado me

Encontro? Que fera te devora por

Dentro? Tens o gosto da alosna à boca.

 

O desejo da carne, fraca demais.

Tens erros e acertos, como eu.

Mas nosso acertos sempre fazem

 

Parte de nossos erros mais fatais.

Temos tudo ao nosso alcance;

Tudo está à ilusão. temos um milhão

 

De idéias; várias nódoas ao

Nosso redor... Mas os nossos

Erros não nos perdoam 70 vezes 7 -

 

São pecados; são o outro lado

De uma mesma moeda.

 

 

 

ESPELHO

 

Chamo-te com voz afônica;

Agarro tua mão e aperto-te contra

Meu signo de amor... Dou-te um

Colar de estrelas; um pulseira de sol;

 

Um banho de àgua salgada...

Dou-te a noite enluarada.

Eu atendo teus clamores...

Transformo suas súplicas em

 

Muitas fotografias... Na poesia da

Vida estão teus mínimos detalhes;

Nas ondas da brisa, tua coragem e tua

Simplicidade. Eu tematizo teu nome;

 

Dou forma viva ao teu perfil...

Dou regência à tua voz... Te chamo

De Iara - mãe d' água, mãe de

Minha lágrimas que se unem aos rios.

 

 

 

 

 

FLAGRA

 

Enquanto pesadelos vão tomando conta

Das noites... Provoco-te a sonhos que

Nunca sonhaste. V6es um país que nunca

Existiu; ruas que nunca foram abertas;

 

Pessoas que nunca assumiram forma ou

Matéria. enquanto o tempo, mártir de

Si mesmo, vai passando; as ilusões vão

Criando vida; as pedras vão criando

 

Brilho; os olhos vão lampejando nas trevas

De um instante que vai sendo esquecido,

Palmo-a-palmo na flagrante existência

Do amor; forjado à luz, à noite, à paz.

 

A guerra... à vida, à morte!

 

 

(A)GENTE SECRETA

 

Quem pode esconder a gente?

Que podemos esconder da gente?

O caminho não é longo;

A noite não é criança tão criança.

 

A dor não é tão doída e a

Vida pode ser melhor vivida com

As coisas inéditas que podemos

Fazer. Nada é tão eterno...

 

Os sonhos não são pesadelos, enfim...

O amor pode não ser o começo do nada;

Muito menos de tudo o fim, prematuro.

Quem pode vencer a gente?

 

Quem é tão indiferente à nossa

Dependência... Vamos segurar  esta

Barra. Afiar nossas garras; desafiar

As guerras do mundo... Vamos apagar as

 

Brasas para não querimarmos nossos pés

Que teimam em ir a frente.

Quem é que vai apagar as chamas que

Aquecem a gente?  Quem?

 

Ninguém!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OLHOS PETRIFICADOS

 

Palavras escorregadias vão descendo de

Seus lábios, brilhantes e úmidos como a

Mãe terra. Em seus olhos, arco-íris

Estão tatuados... Nos seios, imagens de

 

Dragões; serpentes, pelas pernas;

Animais pré-históricos pelo corpo todo.

Seu mundo vai se moldando em suas mãos;

Criando acidentes geográficos...

 

A águia dourada sobrevoa nossos campos;

Nas tuas mãos há mágica,

         Linhas,

             Dedos e garras...

Nas tuas mãos, o calor queima

        Meu rosto semi-tocado,

             No sonho e no pranto.

(Lágrimas fervem no coração destemperado).

Tuas mãos vão moldando a argila

        Feita vida, que minh' alma

              Conduz num espaço de tempo...

Tuas mãos são saudosas...

        Ditaram-me nosso último adeus!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SAL DA TERRA

 

Se se olha para trás,

Nosso ontem nublado...

Chuva de enxofre!

Adeus Sodoma e Gomorra...

Se olharmos pra trás,

Apenas estátuas de sal

(Um cartão postal das desilusões)

 

 

 

INIMIGA DA PERFEIÇÃO

 

Você me chama para o outro

Lado da vida. Está com pressa;

Está solitária; está sedenta de

amor. Você me chama. Tem pressa.

Insiste; desespera-se...

Eu, deste lado da vida, respondo:

Já vou, porra!

 

 

 

CAIXINHA DE SURPRESA

 

Seu rosto avermelhado à força da

Adolescência... Traz uma mágoa

De mim; um raio de ódio, uma saudação

Fúnebre... que ironia! Nós nos

 

Encontrando nas coincidências da vida;

Nos encontrando no sangue destilado do

Desencontro. Pobres pedras; pobres

Corações de narizes empinados.

 

 

 

 

ANTROPOCALÍPTICO

 

 

Não duvides das águas turvas que me

Correm nas veias; da coragem que tenho

De acovardar-me; de meus ouvidos

Tapados com obstáculos abstratos.

 

Sim, é preciso degolar a Besta que

Pinta em nossos quintais desérticos.

É necessário desvendar os selos sagrados...

 

É preciso que façamos a trombeta soar

 

Nos quatro cantos de nossa imaginação.

 

 

PRESSA INERTE

 

Guias de trouxas e tropas veneradas

Subindo às ruas esburacadas de nossas

dores. Entrouxemos os sonhos e

Partamos daqui o mais rápido possível...

 

Alcancemos as asas do martírio e

O sol sem disciplina fixa. Somos guias

De loucos - cegos na escuridão quotidiana.

Somos brasas recém-descobertas e

 

Aventadas pelos ares.

             Somos tumores,

             Rumores...

 

Somos guias,

            Águias,

            Águas correntes...!

 

ETERNA

 

Lágrimas da lua se perdem no espaço...

Ela está luminosa - são os olhos da

Noite, o gosto da saudade; o

Arrependimento no vazio.

 

Lua, este círculo dourado;

Assentado à solidão das madrugadas.

Seu corpo cheio de cavidades já reclama

O passado de mocidade.

 

Lua e lágrimas,

Sínteses de tantos

Corações solitários -

Debruçados turvos pelas noites embriagadas.

 

 

 

MANTOS NOTURNOS

 

Os olhos piromaníacos da noite

Repousam em sonhos místicos e

Pesadelos atrozes. O corpo se

Debruça às vozes do silêncio que

 

Mágoa, retrai, recalca...

São marcas marcas forasteiras, mendigas,

Doentes, encarceradas, nuas...

Pobres, necessitadas!

 

O chão se abre para o adeus;

Para sepultamento do tempo presente -

Fora de hora. a noite é apenas um

Vão se destruindo em pentagramas...

 

 

Suas mãos tangem os ritmos dançantes;

Os signos do amor. A flor, ao vento,

É música no seu mundo cheio de cores,

Festas e desejos que componho na

 

Solidão de nossos desencontros.

 

 

 

 

 

 

SANGUE

 

Vamos prender os demônios de

Fantasias irreverentes... Tornar

Nosso corpo efervescente no testemunho

Das nuvens mudas. Vamos colorir os

 

Campos com guerras inevitáveis;

Desfazer os nós das intrigas e

Deixar a vontade deslisar feito

Águas libertas. Castiguemos os anjos

 

Inertes de tradições inúteis...

Mas, não castiguemos a nós mesmos

Nessa vida breve que balança numa

Corda fixa e numa idéia bamba.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FORMAS DISFORMES

 

O gesto móbido do silêncio;

A trajetória incerta de suas idéias

Que roubo, à luz do dia, e

Parafuseo sem pudor.

 

Os seus olhos que metralham minhas

Falhas gritantes e arbitrárias...

Quando matar minha sede de amar emsuas lágrimas;

Em sua ira que me condena por insídia?

 

 

Meu silêncio será a voz de tantos

Amores, que jurei a você em súplicas

Sem prestígios, presságios, e em

Noites sem sombras.

 

O gesto matou-me!

"- Elementar, meu caro Watson!"

 

 

 

TATUAGEM

 

As marcas da "Besta" à pele;

Queimantes, sufocantes... inevitáveis!

Inúteis como o julgar de uma

Obra pela capa. Nada, da fotografia

 

Antiga do amor, escapa e a gente se

Derrapa às lágrimas de histórias íntimas.

O nervo à flor, sem perfume, da pele

Que reveste novas palavras, após muitas

 

Indecisões e briguinhas corriqueiras.

A alma tatuada comdragões soltando

Forgo às narinas e cauda, estili flecha,

A epertar o corpo imaterial de nossas dúvidas.

 

 

DOMINIUM

 

A dor tem cheiro orgástico;

       Tem efeitos colaterais pirotécnicos;

                          Tem jardins botânicos;

                                  Fibras sintéticas;

                              Relações patéticas;

                                   Planos titânicos;

                                 Formas estéticas...

                                Desejos satânicos;

                                     Veias poéticas...

 

A dor tem gosto orgástico;

            Passos simétricos;

             "Mores" e éticas.

            Repúdio fanático;

             Forças místicas;

               Vozes estáticas...

 

                    A dor tem tato orgástico;

                                   Efeito drástico;

                                 Revolta prática...

 

A dor tem audição orgástica;

                Prazeres eufóricos;

       Inspirações metafóricas;

        Constituições eufêmicas...

          Respostas categóricas.

 

A dor tem visão orgástica;

         Lágrimas gástricas...

                   Fim cáustico.

 

 

 

 

 

INSIPIDO

 

Este gosto de destempero que me

Colocas á boca... Faz a vida

Pouca e os sonhos múltiplos.

 

Este destempero; gosto de sal

Cristalizado, que enriquece a

Infortúnea ilusão das folhas de outono.

 

Este hálito de floresta; este

Golpe certeiro à testa enrubrecida.

Traz-me a corrente sangüínea que

Prende corações no gráfico da natureza.

 

 

 

 

SÍMBOLO DE CASTIDADE

 

Oceanos calvos; rios envelhecidos

Em ondas inanomíveis. Céu de

Cabeleiras Grisalhas repousando

Na pedagogia do vento.

 

A terra, numa geografia lúcida,

Também é uma anciã de dias;

Dá à natureza e devora para saciar

Sua fome logo depois.

 

Quem viver, verá!

 

 

 

 

PRESENÇA REAL

 

Sol escuro que desce emsua tarde

Atemporal. Você me diz - "Tou" quase

Tonta. Não tou legal.

 

Um conselho de amigo, um copo d'água,

Uma sede distante de uma ansiedade...

Mas, no espelho da tarde, os reflexos

 

Reluzentes de companhias inesperadas

Vão metrificando sua dor, palpável e

Inoportuna. A tarde vai se despedindo

 

Em cada som involuntário de seus lábios,

Os quais reclamam que o corpo tem

Perdido a cor, combinada do arco-íris com

 

A rosa que nasce de um apelo casuístico

Da dor vespertina.

 

 

 

 

ROUND CONTINUOS

 

Os ventos balançando as folhas e

Eu de brigas com você, que ventila

E preenche minha inspiração poética,

Quase literária.

 

Quem inventou palavras que ofendem?

Não é preciso que as pronunciemos;

Não é desejável que montemos os

Sinais gráficos que, juntos, assolam a

 

 

Vida e a cobre de treva.

O tempo passa, a vida passa,

O vento se vai... e as nossas

 "Briguinhas" continuam.

 

 

TIMIDEZ EMBRIAGADA

 

Ás vezes paro e fico tímido;

Ás vezes tímido, paro. Vejo

Seus olhos, afrodisíacos,

Luninando os sexos dos anjos,

 

Convidando à cama noturna do silêncio.

Sem a voz do desejo, barcos de papel

Vão afundando-se às águas azuis,

Emanadas do profundo abismo que

 

Edificamos com tijolos, à vista, imaginários.

 

 

 

GESTOS EXCÊNTRICOS

 

A noite paraplégica se aproxima

Lentamente. Reclama da acolhida

A contra-gosto. Vem acompanhada do

Sono, à esquerda; e de sonho à direita.

 

Vem escoltada por brasões e por miríades

De coxos, de enfermos, esquecidos e

Torturados na sina protentosa da vida.

A noite surda-muda se aproxima;

 

Gesticula... Quer falar qualquer

Coisa. Quer pedir licença à dor

Que excede da noite que passou,

Aproximadamente.

 

PRÉ-INTER-PÓS

 

O prelúdio envenenado de uma flecha

Qualquer faz o corpo tombar pálido

E cadavérico; faz a brisa poluir

O chão pisado por corpos estranhos...

 

O interlúdio de enganos arrasta, seduz

Para longe do alvo que, há muito,

Foi errado por Deus e suas

Malfeitas criaturas orgulhosas.

 

O poslúdio de tentativas frustadas

Reencaminha o corpo tombado à terra

Árida e coloca o alvo a frente, miragem

Incandescente do princípio, meio e fim

 

Do nada reconstruído.

 

 

DESERTOS

 

Os líquidos extintos, as veias sedentas.

O corpo abalado até as  estruturas da paixão

Preto no branco.

 

O sol divaga pelo céu idiferente, faz

Sua morada dentro do repouso das àrvores;

Dentro das àguas paradas que não movem moinhos

 

O sangue sugado. O dia irriquieto,

Malvado! O suor pingava; as lágrimas

Caíam. As nuvens derramavam...

A saliva caía incondicional da boca condicionada.

Os líquidos secaram! O sémem se perdeu e

Vazaram-se as meninas dos olhos.

Líquidos extintos; corpo isento de emoção.

 

 

OFERENDAS

 

Portas se abrem, portas se fecham.

Quem se importam com a gente?

Demônios ou anjos recepcionarão

Nossas almas penadas e vagantes?

 

Que líquido matará nosa sede?

Que purgatório nos acolherá

Que comédia nos será tão divina?

 

Que sol Galileu inventará

Para cegar nossos olhos enluarados?

Bombas explodem-se; corpos voam

Espedaçados; sonhos são mutilados

 

E soterrados no solo de Júpter

Quem ainda acredita no som que

Produz a boca em promessa?

 

No fim, os pés estrangulados não pisarão

Mais a uva; as mãos calejadas não

Apalparão mais os seios da terra;

Os olhos arrancados não alimentarão mais

 

As cores e as vozes silenciadas não

Pedirão mais socorro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ENCONTRO

 

O beijo reincendiou roma destruída;

Alimentou Rômulo e Remo e derrotou Sansão.

O beijo foi a foice adúltera da bandeira

Vermelha; o desafios de Golias; a

 

Tentação dos verbos menores. O beijo foi

Pergunta grega e resposta troiana;

Foi a morte do sol e ressureição da lua.

O beijo foi cinista, estóico, epicurista...

 

O beijo foi o dedo no gatilho; nau perdida

 Na imaginação poética; filho bastardo;

Dardo cravado à esquerda de um peito

Que jaz, sólido, na frieza mortal.

 

 

IMAGEM E DESSEMELHANÇA

 

É bom diagnosticar tuas fases;

Tratar tua febre crescente; ciudar

de teu amor minguante. É bom oferecer-te

As ervas dos meus campos; plantar-te

 

Como semente dentro de mim. É bom

Ter-te como uma deusa iconizada,

Canonizada, no altar de minhas

Tranfigurações. É bom te cruscificar

 

Em meu caminho; te coroar com os

Espinhos fincados em meus pontos

Nevrálgicos. É bom te reinventar,

Como se reinventa a roda, sempre de novo.

 

 

 

MAPA EM CINZAS

 

Devolve-me o mapa do mundo, que me

Roubaste um dia, levando toda a alegria

Do meu ser e estar a procura do tesouro,

Oculto num cantinho de sua vida.

 

Dá-me a mão, estende-me a paz, cega e

Anestésica, perdida por entre os escombros

De nosso mal-entendido... Vê como é

Doído o furto de um pequeno sorriso.

 

Eu nada sou, mas o amor é tudo,

Significativo dos sonhos, na manhã,

Do poema belo, que tem tua imagem e

Dessemelhança.

 

 

MAL-ME-QUER

 

Seus lábios tatuados na sombra

Da noite, desencamihando meus

Sofisticados medos; aprisionando os

Fantoches que pintaram em nossos sonhos.

 

Meus suores se perdendo nas fendas

Do meu corpo, debruçado à nódoa de

Incongruências consolidadas na

Dor dos poros ensangüentados.

 

Você me traga, como a noite traga

As estrelas e as vomita logo na manhã.

Mal-me-quer ao despetalar uma flor

Que sangra ao toque insensível às mãos.

 

 

 

 

PRESSENTIMENTOS

 

A ira dos teus olhos lança

Minha alma num tubo de ensaio;

Desintegra as moléculas de meus

Planos tortos mal-traçados.

 

Perdão! Afogados assim não vamos

Longe antes do fim incerto. Tu me

Odeias, mas me tens por perto;

Pois sabes que gosto mais de ti

 

Que de mim impróprio. No caos,

Sombrio, das fatalidades que empreendemos

Eu sofro duas vezes mais; atraco-me no cais

Da dor que me provocam feridas que se desabrocham

À velocidade da luz.

 

 

COMO PODE UM PEIXE VIVO...

 

Somos peixes vivos nos aquários vivos do

Mundo. vivemos fora das águas frias do amor;

Nas turvas águas do pretérito indecifrável,

Que devora sem perdão.

 

Nossos corpos coloridos interjetivos,

Levados nas enxurradas de sangue que

Passaram por nossas sarjetas.

Nossos sonhos reverenciados no sacrário

 

De muitas embriagueses; destilados de

Nossa impune madrugada...  Nossos sonhos,

Detratores das aspirações flutuantes.

Somos peixes difamados - difamadores,

 

Que difamam as dores que já não suportamos mais.

 

 

PASS OVER

Paz epidêmica que inunda os

Mares esgotados da impaciência.

Ajeita-se na carência do arco-íris

 

Que bebe às fontes de teus olhos.

A pele iluminada, na ardência do

Tempo verbal, torna-se um astro de

 

Quinta grandeza, com o sexto sentido...

O gelo derretido, do cartão postal,

Inunda o branco silêncio da tristeza,

 

A circundar a íris de olhos luminosos.

Paz, mito da flor: resultado da chuva

De lágrima serôdia que molhou nossa sedição ao amor.

 

 

COMPREENDER

 

Compreender as ruas que nunca

Saem do lugar, mas conduzem-nos

Sempre para onde desejamos.

 

Compreender as pessoas que amam,

Sem saber o amor;  sem acreditar na vida,

Na flor, na brisa, no sonho,

Na ferida dos corações.

 

Compreender...  Mas como compreender a

Saudade?  Vivendo para esquecer a amada,

Ou morrendo para não se lembrar de nada?

 

Compreender o choro de alguém,

E aprender da voz do coração:

Amar...  Tudo amar!

 

Amar mesmo que não compreendamos

O objeto do nosso amor;

Mesmo que o vazio nos sobrevenha!

 

Compreender o amor,

Pois amar é, às vezes, estar só!

E, muitas vezes, é um silêncio forçado,

Um sorriso mudo, um olhar desconfiado.

 

Compreender...  Eis o lado oposto do amor,

O qual não quer compreender, só amar!

 

Compreender, enfim, o imcompreensível.

 

Mas, no fim, não é preciso compreender

Quando se ama;  é preciso, no entanto,

Amar mesmo que não se compreenda.

 

 

 PRESO EM LIBERDADE

 

Você me caça;

Fera faminta,

Mulher sem juízo;

Gemido de dor...!

 

Você me encontra.

Mete as mãos à cabeça -

Espanta-se ao ver o amor

Ao alcance das mãos.

Você me atrai;

Contrai-se ante os olhos luminosos

De suas próprias fantasias...

Perde-se ante as qualidades que me deu

Em apenas dois poemas.

 

 

 

Você me transforma;

Muda as formas dos meus pensamentos;

As direções dos ventos;

Muda meus hábitos de rotina.

Você assassina meu tempo,

Tempera, a seu gosto,

Nosso caso de amor;

Faz-me delirar por alguns segundos;

Abandonar a tristeza e

Escorrer ao ponto mais ínfimo -

À semelhança das águas!

 

Você, enfim, descarrega sua

 Energia no meu  "eu" desfalecido;

Quebra meus sigilos de amor

Ao ler uma correspondência minha a sua mãe...

 

No fundo, estamos bem afundados

Neste sentimento inesperado;

Estamos à mercê de detalhes pequeníssimos;

Onde acréscimos de lágrimas nos aguardam

Silenciosamente.

 

Você me caçou;

Prendeu-me à sua vida;

Tratou-me a beijos.

Agora, soltou-me por aí,

Sem rumo!

 

 

 

O MELHOR DOS SENTIDOS

 

O melhor de ti

   Conheci num sonho...

No melhor do amor,

  Estavas presente...

 

O amor se tornou

sonho; te tornaste

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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