terça-feira, 29 de janeiro de 2013

GUIA DO PASSAGEIRO


                         GUIA DO PASSAGEIRO

 

            Amigos e amigas estamos enviando tudo o que vocês precisam saber para fazer uma boa viagem nesta nave chamada vida.

Viver é uma arte. Há poucas pessoas que se dedicam a ela, e muitas que apenas veem a vida passar.

            Historicamente a humanidade divide o dia em 24 horas. Destas, oito são destinadas ao tra­balho, oito ao lazer e oito ao descanso. O trabalhador brasileiro nem sempre pode fazer uso deste direito de seu corpo. Se fosse obedecer a risca, não sobreviveria fisicamente. Morreria de fome, pois as oito horas de trabalho não garan­tem o sustento de sua família.

            A pergunta, no entanto, fica para as pes­soas que não conseguem parar nunca. É comum ouvir pessoas dizerem que não gostam do do­mingo, que não sabem o que fazer com o seu tempo livre.

A constatação de que não sabemos o que fazer com o nosso tempo livre poderá ser um aspecto difícil a ser superado na velhice, caso não revermos em tempo hábil esta realidade e a sua razão de ser.

            Não podemos esquecer que fomos educados a produzir e acumular. O modelo de nossa socie­dade vigente nos faz crer que valemos pelo que produzimos e não pelo que somos. Para aprender a viver necessitamos de uma reeducação para que possamos nos sentir bem com o que somos e não apenas com o que temos. Certo dia, uma família disse: "Trabalhamos tanto e muito duro para poder comprar aquele jogo de sofá para a nossa sala, mas o raio da coisa agora é que não nos tiramos o tempo para sentar nele".

            Viver o domingo e os espaços livres de nosso dia-a-dia deveria se tornar cada vez mais a razão de nosso viver. Para viver a vida em sua plenitu­de precisamos destes espaços como o ar que respiramos. Precisamos aprofundar a verdadeira "vo­cação do Viver".

            A celebração da Vida é, por excelência, um aspecto preventivo e útil à nossa saúde mental. A celebração da Vida é um aspecto comunitário. Ninguém consegue celebrar sozinho.

            O coletivo é próprio da comunidade. Recupe­rando, caso tenhamos perdido, a celebração da Vida, estaremos apontando para novas relações humanas. Aparecem então valores como a grati­dão, a solidariedade, o amor, a alegria e outras características que podem nos ajudar a entender e ver a Vida como muito preciosa.

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